onde nos leva a arte

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quando as luzes se apagam

Ana Lacerda


"É cantando e dançando que o homem se manifesta como pertencendo a uma comunidade superior: desaprendeu de andar e de falar, mas prepara-se para se elevar, dançando."


Nietzsche, "A origem da tragédia"


Há oito anos atrás, quando as luzes se apagaram, tinha dentro de mim a certeza que não voltaria a pisar um palco. Carreguei o peso dessa decisão durante muitos anos.


Como eu tinha tantas certezas....


Agora sei que dançar faz parte de mim e vou voltar a acender as luzes. Mas desta vez vai ser diferente, não vou ter medo que elas me ceguem







2 comentários:

vague disse...

o medo do medo é o pior dos medos, não achas?

metaforicamente falando, penso q em certas áreas já tive palco qb, mesmo q as luzes se tenham apagado há mt e da plateia já não haja mais q memória vaga e difusa.

mas dp penso: o passado não existe, e tenho q estar pronta para dançar. sempre...

o passado morreu e está tão vivo. será uma ilusão? decerto, quase de certeza q sim. hj é apenas a idealização do q não chegou a ser.


olha, já nem sei do q falo. nem importa. falei, soltei as asas. gosto de voar.

Joana Amoêdo disse...

Realmente não sei o que foi feito do meu primeiro comentário, eu que sou tão criteriosa com a atenção que dou a estas coisas...anyway, queria dizer que as certezas (como as abomino...) existem para nos ampararem por uns tempos e para serem destruídas em seguida e que sim, para ti o regresso será um renascer.
Generally speaking, I hope.