onde nos leva a arte

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Isto não é um post

Os Amantes, René Magritte, 1928

Não sei ver arte sem pensar em amor. Não sei gostar de coisas intensamente sem me sentir identificada, numa imagem que pode não reflectir mais do que desejos mas que tem forçosamente de seguir esse caminho, próximo de mim. Não sei olhar para este quadro sem pensar na cegueira dos mortais, procurando sempre acertar em todas as áreas da vida, sem certezas de nada.
Às vezes, ou a maior parte das vezes, não podemos contar o que fazemos para encontrar aquilo que nos faz "felizes". Transmitimos uma imagem nossa propositadamente distorcida para que ninguém nos venha incomodar com pedidos de explicação de nós mesmos.
Emocionalmente, somos todos surrealistas, mas nem todos se aceitam como são e é pena.

"Not what man knows but what man feels concerns art. All else is science." (Bernard Berenson, 1897)

"My painting is visible images which conceal nothing; they evoke mystery and, indeed, when one sees one of my pictures, one asks oneself this simple question 'What does that mean'? It does not mean anything, because mystery means nothing either, it is unknowable." (René Magritte)

2 comentários:

vague disse...

comecei a ler este texto e, mesmo ainda sem conhecer bem a escrita dos outros bloggers deste espaço (começo melhor a tua e a seguir a da ameixinha) - vi logo q eras tu.
É giro qdo em pequenas coisas deixamos uma espécie de marca nossa, pessoal. insubstituível.

este quadro ilustra bem a cegueira do amor e a procura da verdade. sim, a procura da verdade. não é isso q procuramos no amor?

Joana Amoêdo disse...

Podemos dizer que já nos conhecemos bem, virtualmente. Quanto à busca de amor, creio que este quadro é representativo de toda e qualquer busca :).